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Quinta, 11 Julho 2024 00:00

Incompatibilidade Sanguínea na Gravidez

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O agente Rh é uma proteína sanguínea que pode ou não estar presente no sangue humano. No primeiro caso, diz-se que a pessoa possui Rh (Rh positivo); no outro, Rh – (Rh negativo).

A incompatibilidade sanguínea na gravidez ocorre quando o fator Rh (positivo ou negativo) do grupo sanguíneo da mãe é diferente do bebê.

Para que isso ocorra é preciso que o Rh da mãe seja negativo, e o Rh do pai seja positivo, ou que a mãe tenha recebido uma transfusão sanguínea de forma inadequada.

Quando isso acontece, durante a gestação, a mulher produz anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto, considerado “intruso”.

Uma vez produzidos, esses anticorpos permanecem na circulação da mãe, mas essa incompatibilidade de Rh não causa problemas numa primeira gravidez. O risco ocorre caso ela volte a engravidar de um bebê com Rh positivo também, os anticorpos produzidos na gravidez anterior destroem as hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) do feto. Para compensar essa perda, são fabricadas mais hemácias, que chegam imaturas ao sangue e recebem o nome de eritroblastos.

Diagnóstico

Para saber se existe incompatibilidade sanguínea no início do pré-natal, o Obstetra pede o exame de tipagem sanguínea da mãe.

Tratamento

Em caso positivo, a mulher precisa tomar uma dose de 300 mg de gamaglobulina Anti-Rh (D), um concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh. A aplicação deve ser feita por via intramuscular após 72 horas do parto do primeiro filho, após aborto espontâneo ou induzido ou gravidez ectópica.

Como os anticorpos da imunoglobulina destroem as células Rh positivas do feto, a mãe não produzirá anticorpos anti-Rh. Desse modo, na gestação seguinte, o feto não desenvolverá eritroblastose. Administrar outra dose de imunoglobulina na 28ª semana de gestação pode representar uma medida adicional de segurança.

Caso não seja tratado ou acompanhado, existe o risco do desenvolvimento da Eritroblastose fetal, que causa uma anemia profunda, icterícia e as vezes até a morte do bebê (Icterícia nuclear), durante a gestação ou após o parto.

Recomendações:

  • Toda mulher deve saber qual seu fator Rh e o do seu parceiro antes de engravidar;
  • Tão logo seja confirmada a gravidez, mulher Rh negativo com parceiro Rh positivo deve realizar o exame de Coombs indireto para detectar a presença de anticorpos anti-Rh no sangue;
  • Após 72 horas do parto do primeiro filho, nos casos de incompatibilidade sanguínea por fator RH, a mulher deve tomar gamaglobulina injetável para que os anticorpos anti-Rh sejam destruídos.
  • Desse modo, os anticorpos presentes em seu sangue não destruirão o sangue do próximo filho.
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