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Quarta, 04 Mai 2022 00:00

FOP: Falência Ovariana Precoce

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A Falencia Ovariana Precoce costuma atingir mulheres entre 35 e 40 anos.

A falência ovariana precoce, mais conhecida como menopausa prematura é a perda da função ovariana antes dos quarenta anos, quando os ovários deixam de produzir hormônios e não liberam mais óvulos. O resultado principal dessa alteração é a infertilidade.

Apesar de ser chamada menopausa prematura, na FOP as mulheres podem apresentar ciclos menstruais ocasionais ou irregulares e até mesmo engravidar espontaneamente.

Os sinais e sintomas da falência ovariana precoce são parecidos com os da menopausa e apresentam uma típica deficiência de estrogênio. Eles incluem:

  • - Ciclos menstruais irregulares (com intervalos longos ou com ausência de menstruação);
  • - Fogachos (ondas de calor);
  • - Sudorese noturna;
  • - Secura vaginal;
  • - Irritabilidade ou dificuldade de concentração;
  • - Desejo sexual hipoativo.

Caso você tenha notado que os seus ciclos menstruais estão ficando irregulares e que a menstruação não desceu por um período superior a três meses, você deve procurar auxílio médico para determinar a causa desse problema, uma vez que ele gera complicações como:

  • - Infertilidade;
  • - Osteoporose;
  • - Depressão;
  • - Ansiedade.

Para realizar o diagnóstico de falência ovariana precoce, seu médico irá realizar questionamentos a respeito dos seus sinais e sintomas, seu calendário menstrual e sua exposição quimioterapia ou radioterapia. Além disso, ele irá solicitar exames como:

- Teste de gravidez: avalia a possibilidade de gestação como causa da parada da menstruação. Vale lembrar que toda mulher com vida sexual ativa, com ausência de menstruação e com idade reprodutiva pode estar grávida;

- Dosagem do hormônio folículo estimulante (FSH): é um hormônio produzido pela glândula pituitária e estimula o crescimento dos folículos ovarianos. Mulheres com falência ovariana precoce geralmente apresentam níveis elevados de FSH sanguíneo;

- Dosagem de estradiol: está habitualmente diminuída em mulheres portadoras de FOP;

- Dosagem de prolactina: a hiperprolactinemia (doença caracterizada pelo aumento dos níveis de prolactina) é um diagnóstico diferencial de amenorréia (parada de menstruação). O aumento desse hormônio também pode causar outros efeitos secundários, tais como a saída de secreção láctea mamilar bilateral (galactorréia);

- Cariótipo: exame que serve para avaliar uma possível alteração cromossômica como causa da FOP – principal diagnóstico diferencial é a síndrome de Turner;

-Teste genético FMR1: o gene FMR1 está associado com a síndrome do X frágil. Analisa os dois cromossomos “X” no intuito de avaliar alguma alteração característica dessa síndrome.

O tratamento da falência ovariana precoce é geralmente focado na resolução dos problemas em decorrência da falta de produção de hormônios. Pode ser realizado a:

- Terapia estrogênica: previne a osteoporose e o surgimento de fogachos por meio da reposição do estrogênio e compensa a falta de produção desse hormônio pelos ovários. Essa terapia também conta com a progesterona, que serve para proteger o endométrio de lesões precursoras do câncer, estimuladas pela terapia exclusiva com estrogênio. A combinação desses dois hormônios pode causar sangramento vaginal novamente, porém não restaura a função ovariana.

- Reposição de cálcio e de vitamina D: são medicações de extrema importância para prevenção de osteoporose. Caso você não obtenha níveis suficientes dessas substâncias por meio da dieta, seu médico deverá orientar o uso de suplementos vitamínicos.

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