No dia 4 de outubro, comemora-se no Brasil o Dia do Médico do Trabalho, especialidade médica que luta pelo direito de o trabalhador exercer suas atividades em um ambiente de trabalho seguro e saudável, digno e decente.
Essa luta foi iniciada pelo médico italiano Bernardino Ramazzini ainda no século XVII.
Ele escreveu o livro “As Doenças dos Trabalhadores” e seu interesse pelo tema se deu ao observar um operário que limpava a fossa de sua casa. Ao examiná-lo, constatou uma avançada inflamação nos olhos e descobriu que a enfermidade afetava muitos trabalhadores que exerciam aquela atividade.
A Medicina do Trabalho é a especialidade médica que lida com as relações entre homens e mulheres trabalhadores e seu trabalho, visando não somente a prevenção dos acidentes e das doenças do trabalho, mas a promoção da saúde e da qualidade de vida. Tem por objetivo assegurar ou facilitar aos indivíduos e ao coletivo de trabalhadores a melhoria contínua das condições de saúde, nas dimensões física e mental, e a interação saudável entre as pessoas e, estas, com seu ambiente social e o trabalho.
O médico do trabalho avalia a capacidade do candidato a determinado trabalho e realiza reavaliações periódicas de sua saúde dando ênfase aos riscos ocupacionais aos quais este trabalhador fica exposto.
“É uma das especialidades médicas que mais atua de maneira transversal em relação às demais. As competências, habilidade e atitudes dos médicos têm sido aperfeiçoadas nos últimos tempos”, destaca a presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMAT), Márcia Bandini.
Estão em atuação no Brasil, mais de 12 mil médicos do trabalho, o que coloca a especialidade como uma das mais atuantes no país de acordo com a Demografia Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM). Deste total, mais de 2 mil médicos têm o título de especialista emitidos pela ANMAT e Associação Médica Brasileira (AMB).
Fonte: http://www.anamt.org.br