Quando chega a menopausa, a reposição hormonal desperta uma dúvida na cabeça feminina. Em tese, recarregar hormônios naturalmente em queda faria sentido para amenizar os sintomas no corpo, ganho de peso e alterações de humor. Na prática, porém, a questão é mais complexa: existem efeitos colaterais que precisam ser colocados na balança.
O medo dos riscos, aliás, é o que tem feito muitas mulheres fugirem da terapia, situação que ganhou holofotes quando um estudo americano constatou, em 2002, uma associação entre a reposição e o câncer de mama e doenças cardiovasculares.
No Brasil, um levantamento da Universidade Estadual de Campinas revela que 19,5% das brasileiras fazem ou já fizeram o tratamento. Em 2003, esse número era 37%.
A verdade é que a reposição hormonal tem seus préstimos quando bem indicada, o que requer uma avaliação médica individualizada e pormenorizada. Há o momento certo para entrar com os hormônios sintéticos, e eles não são uma opção quando já há histórico de câncer de mama na família. No entanto, em um contexto adequado, a reposição pode, sim, melhorar a qualidade de vida.
Ela conserta aquilo que é provocado pela ausência do hormônio natural. Por isso, minimiza as ondas de calor, lubrifica a vagina e protege os ossos e o coração.
As diferentes formas de reposição hormonal:
Injetável: As aplicações vão de mensais a trimestrais. Miram todos os sintomas da menopausa.
Comprimidos: Em geral, são feitos à base de estrogênio sintético e usados diariamente.
Adesivo e gel: A vantagem é que esses formatos não interagem com estômago e fígado.
Anel vaginal: Trocado uma vez por mês, libera menos hormônios no organismo devido à sua ação local.