Já faz algum tempo que tem se ouvido falar muito em coletores menstruais. Isso porque muitas mulheres decidiram abandonar o absorvente comum e adotar os coletores. Elas afirmam que esses coletores são confortáveis de usar, econômicos é ecológicamente corretos.
Mas o que são?
Os coletores menstruais surgiram na década de 30 e desde então sua utilização para coletar o sangue menstrual vem crescendo em diversos países. No Brasil, o produto tem a aprovação de muitas mulheres, mas ainda é pouco divulgado e alguns médicos preferem ser cautelosos na prescrição.
Ele oferece um baixo risco de infecções e, por evitar a umidade na parte externa da vagina, ajuda a diminuir a proliferação de bactérias nessa região, evitando também o mau odor.
São feitos de silicone, um material, reutilizável, com baixíssima rejeição e muito usado em próteses de mama e equipamentos médico-hospitalares.
Como eles funcionam?
O coletor é um copo macio, flexível e deve ser dobrado e inserido no canal vaginal com a borda para cima. A pressão exercida pelos músculos vaginais forma um vácuo que impede a passagem de ar, evitando vazamentos. Se for corretamente posicionado não causa incômodos, e nem mesmo oferece o risco de cair ou vazar.
Em forma de funil, a maioria dos coletores tem uma haste para facilitar a retirada. Às vezes ela causa algum desconforto, mas pode ser cortada até ser encontrado o tamanho ideal para a mulher, sem nenhum prejuízo à correta utilização do produto.
Após cortá-lo na medida adequada é interessante passar uma lixa de unha nas extremidades para evitar rebarbas.
Qual a sua capacidade?
A capacidade do copo é de 30 mililitros, sendo que todo o ciclo menstrual feminino varia de 50 a 100 mililitros. Porém, é recomendável que o copo permaneça na vagina somente por até oito horas.
O recipiente comporta um volume até três vezes maior do que o absorvente interno e é vendido em tamanhos diferente para melhor adaptação à anatomia e quantidade de fluxo de cada mulher.
Apesar da ter maior capacidade, o coletor deve ser esvaziado no mesmo intervalo em que a mulher trocaria o absorvente, ou seja, de duas a quatro horas em período de fluxo mais intenso, e de seis a oito horas em períodos de fluxo reduzido, podendo ser usado, inclusive, durante a noite.
E quanto a higiene?
Antes de introduzir o coletor, é importante lavar bem as mãos com água e sabão.
Após 8 horas de uso, o coletor menstrual deve ser higienizado e recolocado, pois é reutilizável. O ideal é usar água e sabão neutro a cada inserção e, ao final do ciclo, utilizar água fervente para guardá-lo limpo e próprio para o próximo uso. Nesse caso, é interessante também usar algum líquido antisséptico, como clorexidina, por exemplo, para ajudar a prevenir infecções.
Outra possibilidade é ferver o coletor por cinco a dez minutos em uma panela com água, antes de guardá-lo em local seco e arejado. Os fabricantes sugerem a troca do copinho menstrual a cada três anos, entretanto, se não houver sinais de deterioração, poderá ser utilizado por até 10 anos.
A adaptação é difícil?
O produto não apresenta dificuldades para inserir ou retirar.
Nas primeiras vezes de uso é necessário um pouco de paciência até chegar ao ponto correto. Mas com a prática e após alguns ciclos, a colocação não apresentará dificuldades. Para facilitar a retirada, os fabricantes sugerem segurar pela base, e não puxar pela ponta, para evitar vazamentos.
Para as mulheres que já estão acostumadas a usar absorventes íntimos, a adaptação tende a ser ainda mais tranquila.
Uma vez colocado o coletor menstrual não atrapalha nenhuma atividade e é imperceptível.
Existem contraindicações?
O produto é contraindicado para virgens, mulheres em período pós-parto e com deformidade vaginal. Aquelas que apresentam problemas motores podem ter alguma dificuldade no uso desse dispositivo;