Podem ser encontrados no colo uterino chamados CERVICAIS e na cavidade endometrial (ENDOMETRAIS).
Consistem na proliferação (hiperplasia) focal da mucosa, incluindo o estroma. Podem ser únicos ou múltiplos, sésseis ou pediculados e ter diferentes formatos e comprimentos.
O pólipo cervical incide em torno de 4 %, e chega a 25 % após os 40 anos (Cavalcante, 2001). Desses, 25,4 % associam-se a sangramento e 26,6 % são concomitantes com pólipos endometriais (COEMAN, 1993). Na pós-menopausa essa associação pode chegar a 56,8 %.
A maioria é de pólipos mucosos (75 a 80 %) de pequena dimensão, sendo os demais adenomatosos (15 %) com dimensões maiores e fibrosos (4 a 10 %) e angiomatosos (1 a 15 %). A transformação maligna ocorre em 02 a 4 %.
A Histeroscopia define o local da inserção e sua retirada.
Os pólipos endometriais tem incidência na população geral de 24% (Kurman, 1987). Fatores associados que contribuem provavelmente para sua formação são história de mais de uma gravidez, terapia hormonal, uso do tamoxifen (pacientes com câncer de mama) e a obesidade. Estão associados a câncer de endométrio em 12% dos casos e a miomas em 40% (Parent, 1994). ARMENIA (1967) observou 482 pacientes por 12,6 anos, após a remoção dos pólipos endometriais e verificou que 17 (3,5%) desenvolveram câncer.
RESLOVA (et al.,1999) analisando 245 mulheres com pólipo endometrial, observaram que na pós-menopausa 44% apresentavam sangramento anormal e no menacme em até 82% (fluxo aumentado, perdas intermenstruais). Podem ainda serem causa de infertilidade, interferindo com a migração dos espermatozoides e dificultando a implantação do ovo (VALE, 1989).
No diagnóstico são utilizados a USG, a histerossonografia e a histeroscopia. Quanto ao diagnóstico na ultrassonografia transvaginal apresenta-se como uma imagem ecogênica ou em alguns casos, serem descritos como “espessamento endometrial”.
A Histeroscopia define a localização, o tamanho e sua retirada.
Tratamento
Nos pólipos cervicais a ressecção histeroscópica está indicada quando não visíveis a olho nu e quando a inserção do pedículo não é visualizada na colposcopia.
O tratamento cirúrgico do pólipo endometrial diagnosticado na USG, deve ser precedido da histeroscopia diagnóstica. No Conselho Brasileiro de Endoscopia Ginecológica da Febrasgo (2001), 93,5% acharam que todo pólipo endometrial sintomático ou não, deve ser ressecado.