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Quinta, 24 Novembro 2022 00:00

Cólica não é apenas menstrual

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Sabe aquela dorzinha incômoda na região da barriga? A cólica, pode ser suave ou até representar noites em claro.

A sensibilidade à dor é muito pessoal e a intensidade da cólica pode variar, inclusive, pela forma como cada mulher lida com esse sintoma. Por isso, a toda mulher que se queixa de cólica deve dar uma nota de zero a dez para a dor. Notas acima de sete são significativas e devem ser investigadas.

Quando a dor não passa ou vem acompanhada de incômodo na relação sexual, ou fluxo intenso, ou corrimento, ou febre. O quadro pode ir além da cólica menstrual, apresentando sintomas de doenças como a endometriose, mioma ou até inflamação pélvica.

Cólica menstrual
Causas: Ela não tem uma causa determinada. Aparece, principalmente, devido a alterações inflamatórias normais do útero durante o período menstrual. O endométrio, camada que recobre a parte interna do útero, é preparado durante o ciclo menstrual para a gravidez. Se ela não ocorre, o endométrio sofre uma descamação, liberando o sangue. Para evitar uma possível hemorragia, o útero se contrai, provocando a dor.
Sintomas: Sabe aquela sensação de que aquela região logo abaixo ventre está sendo esmagada? Então… Ela costuma durar aproximadamente dois dias e, dependendo da intensidade, pode vir acompanhada de náuseas, dor de cabeça e nos seios, irradiação lombar e mudança no hábito intestinal.

Cólica de mioma
Causas: Uma doença ginecológica muito comum, que acomete mais de 50% das mulheres. A causa desse tumor benigno que se desenvolve na parede muscular do útero é possivelmente genética e o crescimento de miomas depende da ação dos hormônios estrogênio e progesterona, produzidos durante o ciclo menstrual.
Sintomas: A dor normalmente surge no baixo ventre, na região lombar, no flanco ou nas perdas, mas depende, principalmente, da posição e do tamanho desses nódulos. Miomas volumosos e dentro da cavidade uterina podem provocar aumento do fluxo menstrual e cólicas constantes ou somente no período menstrual. Miomas muito grandes também podem pressionar a bexiga e o intestino, apresentando sintomas urinários e intestinais, como vontade de usar o banheiro várias vezes ao dia.

Cólica de endometriose
Causas: De acordo com o ginecologista, a doença está presente em até 15% das mulheres que ainda menstruam e acomete 50% das pacientes com dor pélvica e 30 a 40% das mulheres com sintomas de infertilidade. A dor relacionada à endometriose ocorre quando um componente genético, relacionado à defesa do organismo, faz com que o tecido do endométrio se desenvolva em outros órgãos, como trompas e ovários. Sua causa está normalmente ligada à genética ou a falhas no sistema imunológico.
Sintomas: Dor intensa se apresenta em forma de cólica durante o período menstrual. Dor pélvica constante fora do período da menstrual, além de incômodos no fundo da vagina durante a relação sexual. “Algumas mulheres ainda sentem dor ao evacuar ou ao urinar durante a fase em que está menstruando”, diz Sérgio.

Cólica de doença inflamatória pélvica
Causas: Aguda ou com sequelas crônicas, a inflamação pélvica, de fato, é uma infecção dos órgãos genitais femininos que pode evoluir gravemente, afetando útero, trompas uterinas e ovários. Ela aparece por meio de uma bactéria transmitida pela relação sexual.
Sintomas: A doença aguda, em geral, provoca dor na região pélvica, febre e corrimento vaginal com a presença de pus e odor forte, e pode eventualmente deixar sequelas, como dor constante na região da pélvis, sem relação com o ciclo menstrual e infertilidade.

Cólica de ovulação
Causas: “Esse tipo de cólica pode ocorrer no meio do ciclo menstrual, justamente no período ovulatório e dura, em média, um ou dois dias”, explica o ginecologista. Mulheres que tomam anticoncepcionais hormonais não apresentam esse sintoma, pois a pílula bloqueia a ovulação. A cólica ocorre porque, durante a ovulação, há um pequeno sangramento no ovário, causando uma irritação no peritônio, membrana que recobre o abdome, provocando a dor.
Sintomas: Dor em forma de pontada, mais constante na região pélvica e na parte baixa do abdome. Normalmente se apresenta somente de um lado e dura apenas alguns minutos. Em alguns casos, pode durar por um ou dois dias, além de resultarem em um pequeno sangramento vaginal.

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